09 fevereiro 2013

Pets em dia de festa: cuidados


Pets em dia de festa: cuidados 

Cuidados e regras para não exagerar e colocar em risco a saúde do seu animal de estimação na hora de vesti-lo para as festas



Vestido de renda, gravata, laços com brilho, de cetim, cristal ou que imitam joias, roupinhas de grife, acessórios inusitados e penteados de arrasar. Na hora de vestir os bichinhos para as festas de final de ano, ninguém parece economizar na produção. Ao contrário, os donos fazem questão de mostrar que não há limites para transformar seus animais de estimação no centro das atenções.
Com uma variedade imensa de fricotes, para quem tiver vontade – e dinheiro – não existem limites para a fantasia. Os mimos só perdem a graça quando a extravagância dos humanos se sobrepõe ao bem-estar dos bichinhos, causando dor, atrapalhando as atividades fisiológicas ou impedindo a perda de calor corporal.
Para as médicas veterinárias Caroliny Scaranello e Fabiana Kristensen, não é errado querer enfeitar o animal, mas se ele vai encarar numa boa é outra história. A aceitação tem a ver com a forma como ele é criado. A maioria não se adapta aos figurinos porque não gostam ou não foram acostumados desde filhotes.
“Aqueles que gostam em geral mantêm esse hábito desde cedo, recebem elogios de seus donos quando estão mais enfeitados e isso acaba ajudando-os a aceitarem melhor as roupas e acessórios.”
Então, lá vai a primeira regra: se você quer que seu mascote ande na moda, é bom acostumá-lo desde pequeno.
Do ponto de vista veterinário, o hábito de enfeitar os bichinhos se torna prejudicial quando interfere na manutenção da temperatura corporal, no aparecimento de processos alérgicos na pele e nós na pelagem. Os excessos podem também atrapalhar o animal na realização dos seus movimentos, como andar, correr, pular, comer, brincar e fazer suas necessidades fisiológicas.
Não são todos, mas existem donos que extrapolam na hora de enfeitar seus pets. “Precisamos lembrá-los que os animais não são seres humanos”, afirma Fabiana.
Sapatos, por exemplo, são os adereços que os animais mais detestam. Basta colocar, para o bicho ficar estático, irritado e imediatamente tentar arrancar.
Segunda regra: qualquer acessório que bloqueie o contato das patas com o solo interfere na sensibilidade, postura e equilíbrio do bichinho.
E quando alguma coisa está incomodando, o mascote logo trata de dar os seus sinais: deixa de realizar suas atividades e atender as necessidades fisiológicas. “Eles podem parar de se locomover, começam a se coçar, tentam arrancar os adereços e podem manifestar agressividade”, diz Caroliny.
A terceira regra então seria: enfeites são divertidos, mas observe as reações do seu bichinho para garantir que ele não está se sentindo mal.
E no calor? 
Para as raças mais peludas, enfrentar o verão brasileiro já é um tormento. Submeter o bichinho aos apelos da vaidade só vai fazê-lo sofrer mais. Com as temperaturas elevadas, o que vale é o bom senso e a coerência.
Colocar roupinhas de tecidos agradáveis e frescos, como malhas, por exemplo - desde que o animal tenha costume -, não traria problemas. Mas vesti-los com frequência, por longos períodos de tempo, não é ideal. Afinal, o animal já tem a pelagem para protegê-lo das temperaturas baixas e garantir seu conforto térmico.
Quarta regra: bichos têm pelos que garantem seu equilíbrio térmico. Por isso, no verão, evite ao máximo as roupinhas. A fantasia de Papai Noel, de lã e cheia de peles, por exemplo, reserve para o dia da festa e deixe pelo menor tempo possível.

(Fonte: Ig)

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